domingo, 8 de julho de 2012

Ano de 2080.

Era manhã na pequena cidade de luz, Francisco, acordou sorriu como sempre fazia, agradeceu pela oportunidade de mais um dia, levantou da cama e pois os pés no chão primeiro o direito, superstição, caminhou até as janelas e notou algo estranho, o vento não tinha o mesmo frescor, os raios de sol estavam com cores diferentes, e ele não entendia nada, mas mesmo assim permaneceu otimista e acreditou que seria passageiro, como é o tempo de chuva quando preenche o céu. Francisco, escovou os dentes, tomou seu banho, vestiu suas roupas confortáveis de caminhadas matinais, foi para a cozinha, preparou seu café da manhã e com carinho por tudo alimentou seu corpo e o deixou pronto para mais um dia, então pronto ele abriu a porta de sua casa e foi desbravar com amor o dia que lhe foi ofertado, Francisco sempre achava que quando acordamos é a certeza de que Deus nos deu um presente divino a de respirar mais uma vez, e temos que aproveitar cada segundo desta vida. Ele então saiu e já de cara, se deparou com pessoas andando pela cidade com objetos estranhos nas mãos, caixas de papelão, maletas, pequenos objetos que parecia ter algum poder pois as pessoas falavam e sorriam com eles, a sensação que ele teve era a de ter acordado em um outro tempo da vida, e foi o que aconteceu mas ele ainda não sabia, então Francisco disse ao ver Dona Suzana o seu bom dia, e ela nem ai para ele, tão empolgada falando com o objeto estranho e pequeno, mais a frente ele tentou então o Senhor João que não deu bola para ele, as pessoas pareciam ter esquecido que ele existia, Francisco se desesperou e na tentativa de ter resposta de alguém continuou sua caminhada sempre na expectativa de entender o porque tudo estava assim. Passou na casa de seu melhor amigo Pedro, sua mãe o recebeu e disse ele está ocupado navegando na internet pediu para você vir outra hora ou falar com ele pelo bate papo, e fechou a porta. Francisco, ficando triste com tudo e desiludido questionou o que de fato havia acontecido, ele já não tinha respostas, pensava e pensava, mas fez um pedido tão forte que nasceu de seu coração que foi como uma luz, surgiu em sua frente uma criança que parecia um anjo e disse, Francisco, quer saber o que acontece no mundo?
Sim, estamos no ano de 2080... aqui as pessoas não se olham, não se falam, ao vivo, existe algo maior no mundo que faz todos serem assim a Internet, ela veio para organizar coisas, facilitar outras, mas também fez as pessoas se utilizarem deste meio de forma errada, tornou o mundo, egocêntrico, frio, sem amor, sem sorrisos, sem abraços, tudo é feito e as pessoas se utilizam de uma única ferramente e não dizem mais nada de nada, existe uma rede social que as pessoas deixam de falar e apenas curtem o que leem, o que receberam, eu venho de um lugar onde confesso que todos nós sofremos ao ver isso tudo desta forma, sou de uma época onde mandava cartas, marcava de ir tomar sorvete com os amigos, ia passear no parque aos domingos, brincava na terra, me reunia mais com os amigos e parecia que tudo era tão belo, é triste de ver como tudo se tornou e se torna nos dias de hoje, desejo do fundo do meu coração que essas pessoas conheçam a força e o poder do amor a si e ao próximo. Te digo tudo isso para lhe informar, você foi o escolhido a ajudar essas pessoas, a trazer para a vida delas mais calor em seus corações e sorriso de verdade a vida, dar cor a esta cidade de luz que se torna cinza a cada dia que passa em sua alma existe essência verdade e sua missão e transmutar tudo isso.
Aqui está sua carta, leia e saberá o que deve fazer.
Francisco, abaixou para ler a carta, e pareceu que a criança fui embora na mesma luz que chegou. Ele sem entender abriu um envelope dourado que estava em sua mão e parecia magia, existia tanta beleza em um papel com uma simples frase - em seu coração o amor guardado deve ser intensamente compartilhado, faça sorrir o outro pela sombra de seu sorriso.
Francisco ficou horas tentando entender o que aqueles dizeres realmente significavam e foi então que do nada, em sua mente uma ideia surgiu.

Fabrizzio Nascioli

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